O poder do hábito

Separei diversos pontos importantes que aprendi com a leitura do livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg. No site do autor você encontra mais informações sobre o livro e materiais adicionais. Meu objetivo aqui foi fazer um registro pessoal de aprendizados.

– 40% das ações diárias são hábitos e não decisões;

– Hábito angular: hábito que ao ser mudado vai desencadear mudança de diversos outros. Ou seja, se encontrarmos o hábito central de determinado problema, devemos atacá-lo por primeiro, pois há chances de que a sua solução também represente a solução para outros pequenos hábitos;

– William James 1892 – “toda a nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de uma massa de hábitos”;

– Nosso cérebro ativa hábitos para poupar esforços. Podemos assim nos concentrar em coisas novas e não rotineiras;

– Nosso cérebro não diferencia hábitos bons e ruins;

– Loop do hábito: importantíssimo para que possamos entender como os hábitos funcionam e por consequência, como podemos mudá-los. Neste vídeo, com o próprio autor do livro, há um bom resumo.  São três etapas: deixa, rotina e recompensa;

– Deixa: ver algo, sentir, lembrar; Rotina: agir de acordo com um padrão; Recompensa: benefício – sendo assim, há um anseio por tal benefício;

– Um caso emblemático é o da Pepsodent, um creme dental criado nos EUA em uma época onde não era um hábito escovar os dentes. Para isso foi necessário criar ANSEIOS, encontrando DEIXAS simples e óbvias, deixando claro os BENEFÍCIOS de tal hábito. Vamos ao exemplo resumido: 1) deixa: passar a língua nos dentes e perceber que temos aquela película de sujeira; 2) rotina: escovar os dentes; 3) recompensa: ser mais bonito;

– “O consumidor precisa de algum sinal para dizer que o produto funciona” – “Anseio de frescor na boca significa limpeza e por isso escovamos os dentes” – “Espuma do xampu não muda nada, mas nós achamos que sim” – “Temos anseio por cheiro de limpeza”;

– Regra de ouro para mudança de hábitos: manter deixa e recompensa alterando a ROTINA – “Não podemos eliminar um velho hábito, mas mudá-lo”;

– Precisamos entender nossos hábitos e ter determinação para encontrar novas rotinas;

– Hábitos substitutos vs. Hábitos duráveis – “em momentos de estresse os hábitos voltam”;

– Fé: o ingrediente final para tornar um hábito permanente;

– Grandes mudanças acontecem com tragédias ou estimuladas por grupos de pessoas (comunidade de fé);

– “Sou capaz de enfrentar isso sem o álcool (fé);

– Uma comunidade dissemina fé, é importante ver que o outro conseguiu e você também pode;

– Precisamos aprender a acreditar;

– “A mudança ocorre entre outras pessoas”;

– Então, a regra de ouro ficaria assim: mesma deixa e recompensa, outra rotina e FÉ;

– Vício é diferente de hábito. Precisamos atacar hábitos relacionados aos nossos vícios;

– A regra de ouro é usada por diversas pessoas e instituições. Entre eles está Tony Dungy e a organização dos Alcoólicos Anônimos;

– Exemplo de quem rói unha: normalmente o anseio é por estímulo e não havendo este, há uma reação concorrente, levando a mão à boca;

– Há uma grande parte do livro focada em hábitos de empresas e como isso faz a diferença na produtividade, resultados e propagação de um ambiente harmônico. A primeira pergunta é (e que guia toda a reflexão empresarial) se “devemos tratar os funcionários como engrenagens ou pessoas?” – já que isso influencia na força de vontade;

– Força de vontade é como um músculo que fadiga se usarmos demais. Queremos correr de noite? Não podemos gastar toda a força de vontade de dia;
– Como lidar com pontos de inflexão?;

– Uma empresa tem muitas rotinas (hábitos) que ajudam compondo uma “memória organizacional” – reduz incertezas dando maior velocidade ao trabalho, além de funcionar como resolução de conflitos (rotinas de paz) o que o autor enfatiza como tréguas;

– Senso de crise leva a muitas mudanças. Uma crise com certeza não é a melhor coisa do mundo, mas pode ser uma grande oportunidade para mudanças que talvez nunca aconteceriam, já que tendemos a permanecer na zona de conforto;

Inclusive é recomendado aos líderes que criem percepções de crise (quando necessário) e cultivem a sensação de que algo precisa mudar, até que todos estejam prontos. Afinal, nenhuma mudança é fácil, ainda mais quando envolve uma séria de pessoas;

– Tanto na vida pessoal como na vida das empresas, é necessária da estrutura para que os hábitos mudem. Isso envolve paciência, tolerância e, principalmente, engajamento;

– Pequenas vitórias – devemos comemorá-las, seguindo a lógica da fé, isso nos dará impulso para o objetivo final;

Empresas têm estudado cada vez mais a temática dos “hábitos” visto que é uma grande arma para os negócios. Diversas empresas entendem (e manipulam) os hábitos dos seus consumidores para vender cada vez mais;

– Neste contexto, é interessante perceber que nossos hábitos de compra mudam de acordo com as mudanças que ocorrem em nossas vidas (casamento, intercâmbio, divórcio, filhos, demissão, morte..);

– De acordo com o autor, ter filhos é a mior mudança que pode ocorrer em nossas vidas. Com isso em pauta, é retratado um caso da empresa Target focada em prever a gravidez nas famílias, pois de acordo com eles é o momento da vida que estamos mais suscetíveis a comprar – “compre fralda na Target que em breve comparará tudo”;

– Outro caso interessante é em relação às músicas. Gostamos de coisas que nos soem familiar, por isso as empresas investem cada vez mais em “novos produtos/serviços em velhas embalagens, fazendo o desconhecido parecer familiar” – “camuflar o exótico afim de tornar familiar” – com isso fica mais fácil do público aceitar;

– Laços fracos da pressão social x Laços fortes da amizade;

– Temos hábitos para manter nossa posição social e um senso de obrigação de participar de coisas devido a pressão social;

– Os movimentos não surgem porque todo mundo de repente decide olhar na mesma direção ao mesmo tempo. dependem de padrões sociais que começam com hábitos de amizade, crescem através dos hábitos comunitários e são sustentados por novos hábitos que mudam a noção de identidade dos participantes;

– O livro é baseado em várias histórias (você vai perceber isso nas extensa páginas de Notas) e por isso envolve diversos nomes de pessoas, organizações e casos específicos. Anotei diversos que me chamaram a atenção e que pesquisei mais no Google enquanto lia. Com certeza não anotei tudo que apareceu: gânglios basais, larry squire, henry molaisson, chunking, claude c. hopkings (my life in adverstising), eugene pauly, pepsodent, hpbcd protctor gamble, dungy tampa bay, bill wilson alcoólicos anônimos, patriots x colts 2007, troféu lombardi, peyton manning, paul oneill, alcoa, rhode island hospital, andrew pole, kris engsicov, jeff shockey (novo gerente), en evolutionary theory of economic change, incêndio king’scross picadilly 1987, international paper, bob bowman, lzr racer, phelps (nadou cego em pequim), robert barton (alcoa méxico), travis leach (starbucks), howard schultz, desmond fennell, great society, new deal, infinit graph, rap leaf, target pregnancy, hey ya music, camapanha pelos miúdos de 1940 nos EUA, rick warren, saddleback church, the purpose driven life, harra’s entertainment, jeffrey dahmer, rosa parks montgomery, freedom summer (mississipi summer project), marketing pavloviano, edgar nixon, ralph abernathy, terror noturno.

Espero que meu relato tenha lhe ajudado de alguma forma. Compre o livro e aproveite, valeu muito para mim.

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